domingo, 15 de novembro de 2009

Professora é demitida por suspeita de tapar a boca de aluno com fita crepe

G1 São Paulo


Uma professora foi demitida no município de Sete Lagoas, em Minas Gerais, sob a suspeita de tapar a boca de um aluno de quatro anos e amarrar os braços da criança para trás com fita crepe.

O problema teria acontecido no dia 23 de outubro na escola particular Centro Educacional Mundo Encantado, conhecido como CEME. A demissão, informou Elisa Guirmarães, advogada da escola, ocorreu no dia 27. A escola admite que houve um incidente porém segundo a advogada os fatos ainda estão sendo averiguados pela Vara de Infância e Juventude da região.

"Há várias versões, de que a professora só tapou a boca da criança, de que tapou a boca e amarrou as mãos, os fatos estão sendo averiguados", diz Elisa.

“No dia 23 de outubro [sexta-feira] a professora colocou fita crepe na boca do meu filho e amarrou os braços dele para trás”, diz a mãe da criança. Segundo ela, o menino não contou nada aos pais no final de semana. Na segunda-feira seguinte, duas mães, que souberam do incidente por meio de seus filhos, foram à escola e conversaram com outras crianças da mesma classe para confirmar a história. Depois disso, procuraram a diretora. “Na segunda-feira a diretora da escola me ligou e pediu para conversar comigo pessoalmente dizendo que era urgente”, relata a mãe do menino.

Ela informou também que, além de procurar o Juizado da Infância e Juventude do município, foi ao Conselho Municipal de Educação solicitar uma avaliação sobre os procedimentos da escola. “Pedi uma avaliação sobre a escola, se os professores têm habilitação para estar trabalhando. Sei que eles já foram até lá, mas por enquanto não recebi retorno”.

Em nota, o colégio diz que os “profissionais contratados passam por uma rigorosa avaliação tanto curricular quanto pessoal”. “Assim que a escola tomou ciência do fato, a professora foi imediatamente afastada”. A nota também informa que a professora possui formação superior em pedagogia e passou por análise curricular, psicológica e fez estágio como assistente de turma antes de assumir a classe. Não foi constatado nada que desabonasse sua conduta durante o período em que foi rigorosamente avaliada.

OUTRO LADO

Segundo o advogado da professora, Ênio Batista, ela afirma que a criança era "um pouco díficil" de lidar. De acordo com o advogado, ela admite ter tapado a boca da criança com fita crepe e que “[a professora] prendeu os braços [da criança] para frente, mas logo depois [a fita] já foi soltando”.

De acordo com o advogado, a professora diz que o aluno estava muito agressivo em sala e naquele dia havia batido em outras crianças. Também havia falado muitos palavrões e xingado a professora. A mãe da criança diz que nunca recebeu reclamação da escola sobre o comportamento do filho.

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